quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Espiritismo e Mediunidade


O QUE É O ESPIRITISMO
* É o conjunto de princípios e leis, revelados pelos Espíritos Superiores, contidos nas obras de Allan Kardec que constituem a Codificação Espírita: O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno e A Gênese.
* “O Espiritismo é uma ciência que trata da natureza, origem e destino dos Espíritos, bem como de suas relações com o mundo corporal.”   Allan Kardec (O que é o Espiritismo – Preâmbulo)
* “O Espiritismo realiza o que Jesus disse do Consolador prometido: conhecimento das coisas, fazendo que o homem saiba donde vem, para onde vai e por que está na Terra; atrai para os verdadeiros princípios da lei de Deus e consola pela fé e pela esperança.”   Allan Kardec (O Evangelho segundo o Espiritismo – cap. VI – 4)

BREVE HISTÓRICO SOBRE O ESPIRITISMO

No século 19, um fenômeno agitou a Europa: as mesas girantes. Nos salões elegantes, após os saraus, as mesas eram alvo de curiosidade e de extensas reportagens, pois moviam-se, erguiam-se no ar e respondiam a questões mediante batidas no chão (tiptologia). O fenômeno chamou a atenção de um pesquisador sério, discípulo do célebre Johann Pestalozzi: Hippolyte Leon Denizard Rivail.
Rivail, pedagogo francês, fluente em diversos idiomas, autor de livros didáticos e adepto de rigoroso método de investigação científica não aceitou de imediato os fenômenos das mesas girantes, mas estudou-os atentamente, observou que uma força inteligente as movia e investigou a natureza dessa força, que se identificou como os “Espíritos dos homens” que haviam morrido. Rivail fez centenas de perguntas aos Espíritos, analisou as respostas, comparou-as e codificou-as, tudo submetendo ao crivo da razão, não aceitando e não divulgando nada que não passasse por esse crivo. Assim nasceu O Livro dos Espíritos. O professor Rivail imortalizou-se adotando o pseudônimo de Allan Kardec.
A Doutrina codificada por ele tem caráter científico, religioso e filosófico. Essa proposta de aliança da Ciência com a Religião está expressa em uma das máximas de Kardec, no livro “A Gênese”: “O espiritismo, marchando com o progresso, jamais será ultrapassado porque, se novas descobertas demonstrassem estar em erro sobre um certo ponto, ele se modificaria sobre esse ponto; se uma nova verdade se revelar, ele a aceitará”

ALLAN KARDEC
Muitas pessoas que se interessam pelo Espiritismo manifestam muitas vezes o pesar de não possuírem senão muito imperfeito conhecimento da biografia de Allan Kardec, e de não saberem onde encontrar, sobre aquele a quem chamamos Mestre, as informações que desejariam conhecer. Pois é para honrar Allan Kardec e festejar a sua memória que nos achamos hoje reunidos, e mesmo sentimento de veneração e de reconhecimento faz vibrar todos os corações.
Em respeito ao fundador da filosofia espírita, permiti-me, no intuito de tentar corresponder a tão legítimo desejo, que vos entretenha alguns momentos com esse Mestre amado, cujos trabalhos são universalmente conhecidos e apreciados, e cuja vida íntima e laboriosa existência são apenas conjeturadas. Se fácil foi a todos os investigadores conscienciosos inteirarem-se do alto valor e do grande alcance da obra de Allan Kardec pela leitura atenta das suas produções, bem poucos puderam, pela ausência até hoje de elementos para isso, penetrar na vida do homem íntimo e seguí-lo passo a passo no desempenho da sua tarefa, tão grande, tão gloriosa e tão bem preenchida.

Mediunidade
Mediunidade: É a faculdade humana pela qual se estabelece a relação entre homens e espíritos. Não é um poder oculto que se possa  desenvolver através de praticas, rituais ou pelo poder misterioso, desenvolve-se naturalmente nas pessoas de maior sensibilidade para captação mental, de coisas e fatos do mundo espiritual que nos cerca e nos afeta, com as suas vibrações afetivas e psíquicas.
É a faculdade ou aptidão que possuem certos indivíduos determinados médium, de servirem de intermediário entre o mundo físico e espiritual. A mediunidade é dada sem distinção a fim de que os espíritos possam levar a luz a todas as camadas, a todas as classes da sociedade, ao pobre como ao rico, os virtuosos, para os fortalecer no bem, e os viciosos para os  corrigir.
Mediunidade é simplesmente uma aptidão para servir de instrumento mais ou menos dócil, aos espíritos em geral. O bom médium é aquele que constrói boas qualidades morais e constantemente cultiva bons pensamentos, possui o hábito da oração e da leitura.
Dessa maneira , a mediunidade é a condição natural do homem, uma faculdade geral da espécie humana, que se revela em dois campos paralelos de fenômenos: os Anímicos: Que são os fenômenos mediúnicos, com há maior influência do espírito do médium na relação entre duas esferas, como nos casos de vidência. Espíritas: são fenômenos mediúnicos, quando, na relação, há uma atuação direta do espírito desencarnado sobre o encarnado, como ocorre na audiência e na psicografia.
A expressão mediunismo, criada por Emmanuel, designa as formas primitivas de mediunidade que fundamentam as crenças e a religião primitivas. Primitivismo; adoração inclusive de objetos inanimados, broches, talismãs, amuletos, e etc., o fetichismo nas crenças indignas e religiões africanas. A diferença entre Mediunismo e Mediunidade está na conscientização do problema mediúnico.
"A mediunidade é o mediunismo desenvolvido, racionalizado e submetido à religião religiosa, filosófica e às pesquisas científicas necessárias ao esclarecimento dos fenômenos, sua natureza e suas leis.O mediunismo divide-se em vários ramos correspondentes, as noções africanas de que procedem. Existem as mais e as menos elevadas:
Umbanda: -  São  as práticas mais elevadas e voltadas para o bem.
Quimbanda: - Rituais selvagens provocados pelo sangue dos animais sacrificados e queima de pólvora e outros rituais relacionados a inferioridades dos espíritos. 
Candomblé: - São as Danças nativas de origem africana e indígena.
A Macumba: - É um ritual muito antigo. Diz Herculano Pires que a Macumba é um instrumento de sopro, geralmente, de bambu, que é tocado para chamar os espíritos do mato, é o"despacho", ao contrário do que se pensa, não é a oferenda de comidas e bebidas que é colocada nas encruzilhadas, mas o envio de espíritos inferiores para atacar as pessoas visadas.

https://www.youtube.com/watch?v=QjtryTUPmsU

https://www.youtube.com/watch?v=j8baP0M_PS0

O que é o Exorcismo?







Perspectiva Teológica-religiosa:
O termo exorcismo  designa o ritual executado por uma pessoa devidamente autorizada para expulsar espíritos malignos (ou demônios) de outra pessoa que está num estado de possessão demoníaca. Pode também designar o ato de expulsar demônios por intermédio de orações e esconjuros (imprecações). No cristianismo, o Evangelho, relata frequentemente episódios em que Jesus Cristo expulsa o demônio de pessoas possuídas, tendo esse poder sido transmitido aos seus apóstolos, no dia da Ascensão . No entanto, a prática ou práticas semelhantes são bastante antigas e fazem parte do sistema de crença de muitas culturas e religiões.
O Exorcismo Maior é um ritual litúrgico em que a Igreja Católica pede, com a autoridade de Jesus Cristo, a libertação ou proteção de alguém ou algo contra a ação do maligno, Satanás. Este Sacramental é um ministério e só pode ser realizado por uma Padre nomeado para tal pelo Bispo, o Exorcista. O exorcista é o ministro ordenado autorizado a fazer exorcismos. É uma pessoa de profunda oração e vigilância no Evangelho, pratica constantemente jejuns e penitências. 
A Igreja ensina que o demônio pode possuir uma pessoa, assumir o comando de suas faculdades; e para isso tem o Rito do Exorcismo para expulsá-lo. Jesus realizou muitos exorcismos: “Se é pelo Espírito de Deus que eu expulso os demônios, então o Reino de Deus já  chegou a vós” (Mt 12,28).  É de Jesus que a Igreja recebeu o poder e o encargo de exorcizar. Quando a Igreja exige publicamente e com autoridade, em nome de Jesus Cristo, que uma pessoa ou objeto sejam protegidos contra a influência do maligno e subtraídos a seu domínio, fala-se de exorcismo. Sob uma forma simples, o exorcismo é praticado durante a celebração do Batismo. Visto que o Batismo significa a libertação do pecado e de seu instigador, o Diabo, pronuncia-se um exorcismo sobre o candidato. Este é ungido com o óleo dos catecúmenos ou então o celebrante impõe-lhe a mão, e o candidato renuncia explicitamente a satanás.

         A prática do exorcismo trata-se de uma ação constituída de palavras e gestos (imposição das mãos, sinal da cruz, aspersão de água benta), pela qual a Igreja Católica, liberta e protege do mal em nome de Deus. Não se trata de um sacramento, mas de um sacramental, aplicado a pessoas ou coisas, transmitindo o poder e a vitória pascal de Nosso Senhor Jesus Cristo, libertando-as da influência das força demoníacas. Existem exorcismos realizados em Igrejas Evangélicas, não são todas que o fazem com credibilidade, e estes ritos são devidamente comprovados e acompanhados pela psiquiatria. 
Tendo em conta a grande variedade de doenças e distúrbios de ordem psíquica que podem numa primeira fase ser confundidos com uma possessão, o acompanhamento e discernimento sobre a real da condição da pessoa é uma responsabilidade enorme do Padre Exorcista que deve avaliar o caso se necessário com ajuda de profissionais da Psiquiatria. Sinais que podem comprovar uma possessão demoníaca, como listados no Ritual dos Exorcismos são: "dizer muitas palavras de língua desconhecida ou entender quem assim fala; revelar coisas distantes e ocultas; manifestar forças acima da sua idade ou condição natural. Estes sinais podem fornecer algum indício. Como, porém, os sinais deste gênero não são necessariamente atribuíveis à intervenção do diabo, convém atender também a outros, sobretudo de ordem moral e espiritual, que manifestam de outro modo a intervenção diabólica, como p. ex. a aversão veemente a Deus, ao Santíssimo Nome de Jesus, à Bem-aventurada Virgem Maria e aos Santos, à Igreja, à palavra de Deus, a objetos e ritos, especialmente sacramentais, e às imagens sagradas. Finalmente, por vezes é preciso ponderar bem a relação de todos os sinais com a fé e o combate espiritual na vida cristã, porque o Maligno é principalmente inimigo de Deus e de tudo o que relaciona os fiéis com a ação salvífica.".

Perspectiva Científica comum:
A possessão demoníaca não é um diagnóstico de um psiquiatra ou médicos válidos. Aqueles que professam a crença em possessões demoníacas por vezes descrevem sintomas que são comuns a várias patologias mentais, como histeria, mania, psicose, epilepsia, esquizofrenia ou transtorno dissociativo de identidade. Em casos de transtorno dissociativo de identidade em que a personalidade é questionada quanto à sua identidade, 29% são relatados como possessões de demônios. Além disso, há uma forma de monomania denominada "demoniomania" ou "demonopatia" em que o paciente acredita que está possuído por um ou mais demônios.

Casos reais de Exorcismo:
Quem assistiu O Exorcista viu a cena em que Linda Blair gira a cabeça 360º ao mesmo tempo em que fala mais línguas do que um poliglota em conferência das Nações Unidas. Mas para alguns, o banimento de um espírito invisível de um hospedeiro humano não é apenas cenas de filmes de terror, é um fato da vida real. E hoje vou compartilhar pra quem acredita (e pra quem não acredita também) 10 relatos de exorcismos bem sucedidos ou não ocorridos na vida real.
9. Kamille Seenauth
Em 2005 Patricia Alvez foi condenada a 10 anos de prisão pelo assassinato de Kamille Seenauth em Georgetown, Guiana. Alves fundou a “Igreja do Espírito”, e muitas pessoas principalmente mulheres, a procurava para realizar exorcismos africanos ou no estilo Hindu. Espancamentos eram comuns durante os exorcismos e orações, um tipo de ritual usado para expulsar os espíritos invasores. No entanto, quando Kamille Senauth lhe pediu um exorcismo, Alves bateu nela com uma barra de ferro até que ela morreu. Ela enterrou o corpo mas os vizinhos avisaram a polícia depois de verem um pé saindo de um monte de terra em seu quintal.
8. Adolescente sem nome no Vaticano
O Padre Gabriele Amorth é o exorcista oficial da Diocese de Roma. Ele afirma ter realizado mais de 160 mil exorcismos, mas nenhum deles foi maior do que o exorcismo que ele alega ter ocorrido dentro dos muros do Vaticano no ano de 2000, ajudado por ninguém menos que o próprio Papa João Paulo II. O exorcismo foi realizado em uma menina de 19 anos de idade, depois que ela começou a insultar e arrotar durante uma audiência com o Papa. O Papa supostamente sentou-se com a menina por meia hora, mas de acordo com Amorth, auto-proclamado caçador de Satanás, a menina ficou possessa e o demônio ainda teve a cara de pau de murmurar: “nem mesmo o cabeça da igreja, pode me mandar embora“, logo em seguida o Papa se afastou derrotado.
7. Janet Moses

Em 2007 na Nova Zelândia, uma jovem garota chamada Janet Moses morreu por afogamento, enquanto membros de sua própria família derramavam água em sua garganta. Nove pessoas foram acusadas de homicídio culposo, depois de Moses morrer em uma cerimonia indígena Maori de retirada de maldição, conhecida como makutu . Como os familiares não conseguiram retirar a maldição com encantamentos “karakia” na língua Maori, eles resolveram jogar água no rosto da menina.
A cerimônia durou três dias e  foi utilizada tanta água que inundou a cozinha. Há histórias conflitantes sobre a procedência do “espírito maligno”. Alguns dizem que aconteceu após o falecimento de sua avó. Outros dizem que um ancião Maori conhecido como “Kaumatua” avisou a família que enquanto o leão de pedra roubada pela irmã de Moses não fosse devolvido, sua irmã ficaria possessa. Mas apesar da devolução do leão a jovem continuou a agir estranhamente, o que levou à realização do exorcismo e, tragicamente a morte da jovem.
6. Maricia Irina Cornici


Em 2005, Maricia Irina Cornici na época com 23 anos, se mudou para um mosteiro da Igreja Ortodoxa Romena em Tanacu para visitar seu irmão. Ela foi rapidamente acolhida no mosteiro, mas eventualmente ela tinha o hábito de rir durante a Missa, e os médicos de um hospital psiquiátrico local, diagnosticou Cornici com esquizofrenia.
Mas para o padre do mosteiro Corogeanu, isso não foi o suficiente, ele e inúmeras freiras do convento alegaram que ela estava possuída, e acorrentaram-na em uma cruz e a amordaçou com uma toalha, tudo na esperança de expulsar Satanás. Ela ficou em isolamento durante três dias inteiros em um quarto frio no convento até que morreu. Nos dias que se seguiram uma freira chamou a polícia, e então o padre Corogeanu e mais quatro freiras foram acusados ​​e presos. Padre Corogeanu dizia: “Você não pode tirar o diabo das pessoas com comprimidos”, ele foi condenado a 14 anos de prisão e o mosteiro foi fechado pela Igreja Ortodoxa.

5. Michael Taylor


O inglês Michael Taylor era um membro de um grupo local da Irmandade Cristã. Em 1974, Taylor começou a se comportar estranhamente com a líder do grupo, Marie Robinson. Ele era agressivo e muitas vezes demonstrava raiva sem motivo aparente. À medida que os meses foram passando, Taylor finalmente admitiu que sentia o Diabo dentro dele. Então o vigário local interveio e decidiu realizar um exorcismo em Taylor, a sessão durou a noite toda e parecia caminhar para um sucesso, com um total de 40 demônios expulsos dele. Mas infelizmente a história não termina aí, Taylor não acreditava mais que estava possuído, e acreditava que sua esposa de 29 anos estava.  E naquela mesma noite ele a assassinou brutalmente arrancando seus olhos e língua. Ele então correu pelado pelas ruas, coberto de sangue e gritando: “É o sangue de Satanás” Taylor foi absolvido do assassinato de sua esposa por razões de insanidade, mas foi condenado a passar dois anos em Broadmoor, um hospital psiquiátrico de segurança máxima.

4. Clara Germana Cele

Em 1906, na cidade de Umzinto na África do Sul, uma estranha  confissão foi ouvida pelo Padre Horner Erasmus. Clara Germana Cele,  católica e membro da missão Marianhill, disse ao Padre Horner que tinha feito um pacto com o Diabo. Cole tinha vivido na missão desde a idade de quatro anos, por isso o padre rejeitou as alegações da menina. Contudo Cole logo começou a se comportar de forma estranha. Ela começou arrancar suas roupas, rosnar e conversar com amigos imaginários usando linguagens que nunca tinha aprendido antes, ela também atacou violentamente as freiras  e soltou gritos terríveis que uma freira descreveu algo como “um verdadeiro rebanho de animais selvagens orquestradas por Satanás“.
Ela também mordeu uma freira, deixando marcas semelhantes às de uma serpente, vendo o estrago Padre Horner cedeu e realizou um exorcismo. Ele foi bem sucedido na expulsão do espírito maligno da Cole, mas o demônio anunciou que iria deixar o corpo de Clara apenas nomomento da levitação e, bem na hora que Clara levitou o demônio saiu. O demônio voltou em janeiro de 1907, mas foi expulso mais uma vez para nunca mais voltar.

3. Robbie Mannheim

O exorcismo de Robbie Mannheim ou Roland Doe de 13 anos de idade, foi a inspiração para o clássico filme O Exorcista. O acontecimento real ocorreu em 1949. Robbie estava supostamente possuído depois de utilizar um tabuleiro Ouija durante os meses após a morte da tia. Após uma série de acontecimentos inexplicáveis e supostamente sobrenaturais, a família de Robbie perguntou ao reverendo Luther Miles Schulze para observar a criança.
Durante o período de uma noite, Schulze testemunhou a cama da criança vibrar, viu umapoltrona se virar ao seu lado e ouviu sons arranhando as paredes do quarto. Ele encaminhou o caso ao padre Edward Hughes, que realizou um exorcismo em Robbie. Durante o exorcismo, Robbie puxou uma mola da cama e esfaqueou o padre com ela. Hughes precisou de mais de 100 pontos para curar a ferida. Após um período de um pouco de descanso, o menino passou por um segundo exorcismo em St. Louis, que durou seis semanas. De acordo com testemunhas, a cama balançou e objetos foram atirados no quarto. Depois de jovem Robbie saiu ileso da situação e passou a ter uma vida relativamente normal, casando, tendo filhos, e se tornando avô.
2. Anna Ecklund


O livro Begone Satan escrito pelo reverendo e escritor alemão Carl Vogl, discute a posse de Anna Ecklund na virada do século 20. Ecklund nasceu em Iowa em 1882 e foi criada como católica. Os sintomas de possessão começou a aparecer quando Ecklund desenvolveu uma repulsa por objetos sagrados, se recusando entrar na igreja, e começou a falar sobre atos sexuais indecentes na idade de 14 anos. Ela foi enviada para ficar com sua tia Mina, uma mulher suspeita de ser bruxa. Muitos acreditavam que a possessão  se avançou em Ecklund porque sua tia Mina temperava sua comida com certas ervas. O Padre Teófilo Riesinger, um monge capuchinho de Wisconsin, administrou o primeiro exorcismo em Anna em 1912. No entanto, Ecklund foi possuída novamente em 1928, quase duas décadas após o primeiro exorcismo.
E mais uma vez o Padre Teófilo realizou o ritual, usando um convento próximo da propriedade de freiras franciscanas. Ecklund recusou o alimento abençoado oferecido a ela e assobiou como um gato. O exorcismo durou 23 dias, a menina era tão forte que teve de ser contida por seis freiras. Durante o exorcismo ela falou sem mover os lábios, urinou constantemente, insultou e provocou as freiras falando de suas vidas pessoais, e previu (incorretamente) que um dos sacerdotes presentes morreria em um acidente de carro. O exorcismo foi um sucesso e na manhã de 23 de dezembro de 1928, a possessão de Anna Ecklund finalmente cessou.

1. Anneliese Michel

Michel é considerada a verdadera Emily Rose. Vindos de Klingenberg, Alemanha, a família de Michel era obsessiva, altamente dedicada e extremamente católica. Era a década de 1960, e enquanto muitos dos amigos de Anneliese estavam bebendo e se divertindo, ela estava dormindo no chão frio de pedra como penitência para pagar os pecados de sua mãe (Anna Michel tinha dado à luz uma filha ilegítima em 1950).
Na idade de 17 anos, Anneliese sofria de convulsões e embora diagnosticado com epilepsia, alguns de seus sintomas não podiam ser explicados, como as alucinações auditivas que ela iria experimentar enquanto orava. Essas alucinações diziam que ela era “maldita” e que iria “apodrecer no inferno”. Em 1973, ela estava sofrendo de depressão grave e, embora tenha solicitado o exorcismo para o padre local que por duas vezes negou seu pedido.
As coisas começaram a piorar rapidamente, e Anneliese iria realizar 600 genuflexões em apenas um dia, dobrando compulsivamente os joelhos, resultando na ruptura dos  ligamentos. Ela latiu como um cão por dois dias, comeu aranhas, bebeu sua própria urina e comeu a cabeça de um pássaro morto. Anneliese mostrava sinais claros de esquizofrenia, mas ela e sua família se recusou a intervenção médica. Em vez disso, em 1975, Anneliese solicitado outro exorcismo e o bispo de Würzburg aceitou seu pedido.





Um padre local logo sugeriu que Anneliese estava possuída por seis espíritos demoníacos, incluindo Lúcifer, Judas Iscariotes, Nero, Caim e Adolf Hitler. Ela foi submetida a 67 rituais de exorcismo ao longo de nove meses e acabou morrendo de fome em 1976, em uma tentativa desesperada de se libertar das garras de Satanás. Suas últimas palavras foram: “Mãe, estou com medo“.
Os pais de Anneliese foram levados a julgamento pelo assassinato de sua filha e, junto com os dois sacerdotes rurais que realizaram o exorcismo foram considerados culpados de homicídio por negligência. Todos os quatro foram condenados apenas com seis meses de prisão e três anos de liberdade condicional. Sua mãe declarou que não se arrepende de seus atos e acreditava que sua filha teve que ser exorcizada, pois ela estava “tendo estigmas e que era um sinal de Deus“. Ela também declarou que “Anneliese  morreu para salvar outra alma perdida, para expiar seus pecados“.
 https://www.youtube.com/watch?v=VHCXPROnJhc

https://www.youtube.com/watch?v=VOAzsoUdCEI

https://www.youtube.com/watch?v=atrOcT7Z6K8

FONTES BIBLIOGRÁFICAS: 
Conferir no site:
http://cleofas.com.br/o-que-e-o-exorcismo/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Exorcismo

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Breve Histórico sobre o Hinduísmo

O hinduísmo é a mais antiga de todas as maiores religiões do mundo. Algumas tradições do hinduísmo remontam a mais de 3 mil anos. Ao longo dos séculos, no entanto, seus seguidores — chamados hinduístas — vêm aceitando muitas ideias novas e acrescentando-as às antigas. Mais de 800 milhões de pessoas praticam o hinduísmo em todo o mundo. A maioria delas vive na Índia, onde essa religião começou.

O hinduísmo é considerado uma filosofia de ordem religiosa que engloba tradições culturais, valores e crenças obtidas através de diferentes povos. Passando por constantes adaptações até chegar ao que se


conhece hoje, o Hinduísmo foi dividido em fases para melhor apresentar sua história.

O hinduísmo não teve um fundador e não possui uma organização central. Ninguém criou uma relação de crenças que todos os hinduístas devam seguir. Na primeira fase, chamada de Hinduísmo Védico, cultuava-se deuses tribais como Dyaus (deus do céu, deus supremo) que gerou outros deuses. Na segunda fase, a partir de adaptações de outras religiões, surgiu o Hinduísmo Bramânico que cultuava a trindade composta por Brahma (divindade da alma universal), Vishnu (divindade preservadora) e Shiva (divindade destruidora).



Brahma


Vishnu


Shivá



Na terceira fase percebem-se diferentes adaptações influenciadas por religiões a partir do cristianismo, islamismo e outras. O Hinduísmo Híbrido surgiu então como a agregação de diversas influências. Para os hindus:
- A trajetória que a alma terá é traçada de acordo com as ações praticadas aqui na Terra (lei do Carma);

- A libertação final da alma (moksha) determina
 o fim do ciclo da morte e do renascimento;



- Os rituais hindus devem ser feitos sempre tendo a meditação (darshan) e a oferenda aos deuses (puja);


- A alimentação deve ser vegetariana, pois considera-se a utilização da carne na alimentação como uma prática impura;


- As preces cantadas (mantras) devem ser dedicadas a todos os deuses;
- O OM (aum) é o mantra mais importante, pois representa Deus;
- Shiva representa o princípio masculino enquanto o princípio feminino é representado por suas esposas Parvati (mãe), Durga (deusa da beleza), Kali (senhora da destruição) e Lakshmi (senhora da arte e da criatividade).

O hinduísmo é um sistema diversificado de pensamento, com crenças que abrangem o monoteísmopoliteísmo, panenteísmopanteísmomonismo e ateísmo, e o seu conceito de Deus é complexo, e está vinculado a cada uma das suas tradições e filosofias. Por vezes é tido como uma religião henoteísta (isto é, que envolve a devoção a um único deus, embora aceite a existência de outros), porém o termo é visto, da mesma maneira que os outros, como uma generalização excessiva.

Breve Histórico sobre o Xintoísmo

Xintoísmo, (em japonês: 神道, transl. Shintō) é o nome dado à espiritualidade tradicional do Japão e dos japoneses, considerado também uma religião pelos estudiosos ocidentais. A palavra Shinto ("Caminho dos Deuses") foi adotada do chinês escrito (神道), através da combinação de dois kanji: "shin(), que significa "deuses" ou "espíritos" (originalmente da palavra chinesa shen); e "(), ou "do", que significa "estudo" ou "caminho filosófico" (originalmente da palavra chinesa tao). Os termos yamato-kotoba (大和言葉) e Kami no michi costumam ser usados de maneira semelhante, e apresentam significados similares. 

Esta é a única religião que pode ser considerada genuinamente japonesa, tendo origens mesclando-se com a do próprio povo japonês. Há dois milênios percebe-se sua predominância no misticismo do país. A denominação adaptada do chinês xin-tao, que significa "via dos deuses", só foi aceita por volta do século XI, embora muitos utilizem o termo  kami-no-michi, com a mesma significação.






Ao contrário do Budismo, de origem indiana e influência chinesa, o Xintoísmo é dominante apenas no Japão, embora sua prática não exija o abandono ou recusa de outras formas de manifestação de crença religiosa. Não se trata de uma crença exclusivista, pois convive pacificamente e até complementa-se com outras religiões.
Muitos estudiosos nem consideram o Xintoísmo uma religião, devido ao fato de não terem sido criados códigos de leis explícitas, filosofia escrita e definida, profetas ou um livro sagrado, que contivesse os dogmas para quem a segue. Entretanto, a forma ostensiva com que o xintoísmo comanda a vida de seus praticantes, é perceptível não só em seus rituais, mas nos demais aspectos da vida, o que garante a posição de uma das grandes religiões do mundo.

Sua base é de origem panteísta, com inúmeras divindades, as quais atribuem valor sagrado a todos os elementos da natureza. Em sua concepção, tudo no universo é divino, interligado e interdependente. Assim, não só os seres vivos, mas  todos os elementos, visíveis e invisíveis da natureza, coexistem em harmonia tendo se originado da mesma fonte.

O Xintoísmo diz que tudo é regido por forças de pureza hare, impureza ke, e a fusão de ambos kegare, formando uma das mais importantes características de seus rituais, a purificação de corpo e da alma, assim como a harmonia com a natureza. O praticante se familiariza e se integra à natureza, num relacionamento de intimidade, de reciprocidade, sabendo que dela ele tira seu sustento e, portanto, deve retribuir de alguma forma. Assim, sua sobrevivência depende do seu entendimento de toda a estrutura vital da natureza, considerando-a uma parceira e uma guia.

Contrária à visão ocidental de que o homem é adversário da natureza, tentando dominá-la e subjugá-la, na concepção Xintoísta considera-se que o ser humano não pode viver em luta com a natureza, o que é interessante perceber, considerando as condições geográficas e climáticas do Japão que são, sem dúvida, uma das mais implacáveis do mundo, com vulcões ativos, intensos terremotos e furacões arrasadores.

Ao estudar o Xintoísmo, tem-se um bom entendimento da cultura japonesa, com sua visão de mundo que determina boa parte do comportamento do seu povo, sua capacidade de adaptação e aceitação de novas idéias, preservando as antigas, sua recepção a novas culturas, seu comportamento valorizador da higiene e da saúde e seu nacionalismo sempre presente.

Mesmo mesclando-se com outras religiões e com vários desdobramentos, o Xintoísmo 
deixa uma herança que, com certeza, auxilia a receptividade do povo nipônico, fazendo com que o exclusivismo, principalmente no campo religioso, seja anulado ou ao menos, pouco praticado no Japão.