quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Biografia Mahatma Gandhi




gandhi

Maohandas Karamchand Gandhi, mais conhecido como Mahatma Gandhi. Foi acima de tudo um ativista da não-violência . Formado em Direito, foi um líder no movimento de independência da Índia governada pelos ingleses. Nasceu em uma cidade do litoral ocidental, chamada Porbandar, no dia 2 de outubro de 1869. Seu pai era funcionário público, cargo herdade pela família por gerações. Ainda criança casou-se com Kasturba, com quem teve 4 filhos. Prestes a completar 19 anos, em 4 de setembro de 1888, Gandhi parte para a Inglaterra, com o objetivo de estudar Direito. Em 1891, recém-formado retorna à Índia. Sem muitas opções de trabalho na Índia, em abril de 1893, Gandhi parte para a África do Sul, para trabalhar como advogado em uma firma comercial indiana, que desenvolvia atividades naquele país. Foi na África do Sul que ele começou a lutar pelo direitos dos hindus, e a atuar como pacifista.
Retorna à Índia em 19 de janeiro de 1915 (aos 45 anos), sendo que em seu desembarque em Bombaim foi recebido como um herói, por suas lutas em favor dos indianos na áfrica do Sul. Ficava cada vez mais conhecido por suas luta pelos direito do povo, sobretudo dos camponeses e operários mais pobres.
Em 1922, enfrenta pela primeira vez o governo britânico, ao organizar um greve geral. Sua estratégia era a não colaboração com o governo britânico sem violência e de forma pacífica. Em março desse ano foi preso, acusado de rebelião contra o governo, e condenado a 6 anos de prisão. Após 2 anos, em 1924, Gandhi foi solto, pois sofria de apendicite aguda, e precisava passar por uma cirurgia.
Aos 60 anos, em 1929, Gandhi retoma sua luta pela libertação da índia. Nesse ano percorreu toda a Índia. Em 1931 Ghandi vai à Londres, para pedir aos ingleses que concedam a independência a Índia. Foi sua última visita à Inglaterra. Em 1932, novamente na Índia, volta a ser preso, sendo que, nessa época, mais de 32 mil pessoas foram condenadas por crimes políticos. Gandhi só foi solto em maio de 1933, isso porque temiam por sua vida, já que ele insistia em fazer jejum por longos períodos.
Em 8 agosto de 1942, o Congresso Indiano aprovou a resolução “Saiam da Índia”, dirigido somente ao governo britânico, pois as forças armadas britânicas poderiam permanecer. No dia seguinte, Gandhi voltou a ser preso, assim como outros membros do Congresso. A situação então saiu do seu controle, e a violência passou a imperar. Sua esposa, Kasturba (chamada por ele de Ba = Mãe) ficou junto a Gandhi na prisão. Em 22 de janeiro de 1944, Kasturba morreu por complicações cardíacas e bronquite. Foi uma grande perda para Gandhi. Em 6 de maio Gandhi é libertado, graças a pressões públicas e às advertências dos médicos (estava com ascilostomose, malária e disenteria amebiana). Essa foi a última passagem de Gandhi pela prisão.
Em 1947, era grande a hostilidade entre os hindus e os muçulmanos. Uma Guerra Civil se estabeleceu, pois a violência vinha de ambas as partes. Enquanto isso Gandhi pregava a não-violência em suas incansáveis peregrinações. Para ele, a Índia deveria ser unificada.
Em 15 de agosto de 1947, foi oficialmente proclamada a independência no território indiano, já estabelecendo a divisão entre Índia (hindus) e Paquistão (muçulmanos). Nesse dia, Gandhi estava em Calcutá, pois continuava viajando e pregando a paz. Embora a princípio hindus e muçulmanos tenham festejado a independência de braços dados, a paz não durou muito. Isso porque iniciou-se a maior migração cruzada da história. Aproximadamente 12 milhões de pessoas fugiam: os Muçulmanos que estavam na Índia fugiam para o Paquistão e os hindus que estavam no Paquistão fugiam para a Índia. Em um ano e meio morreram 500 mil pessoas.
Em 1948 retornou a Delhi. Também lá assustou-se com as atrocidades cometidas, pois grupos de hindus expulsavam de forma violenta os muçulmanos que ainda restavam. Em cada surto de violência, Gandhi realizava outro jejum, em favor da união entre as comunidades. Interrompia o jejum quando o surto de violência passava. Os hindus temiam causar a morte de Gandhi, e os muçulmanos temiam as represálias, caso Gandhi morresse durante um desses jejuns.
No dia 30 de janeiro de 1948, após o termino de um jejum que havia durado 5 dias, Gandhi foi assassinado com três tiros pelo hindu Nathuram Vinayak Godse, no jardim de sua casa, onde estava sendo realizada uma grande reunião de orações. Godse matou Gandhi por que era contra a tolerância religiosa pregada por ele, o que teria causado a criação do Paquistão, contra a qual era contra.
O cortejo fúnebre, realizado no dia seguinte, durou 5 horas, em uma procissão acompanhada por milhões até o rio Yamuna, onde seu corpo foi colocado em uma jangada e incinerado, conforme a tradição hindu.
Fontes
GOLD, Gerald. Gandhi : uma biografia fotográfica. Rio de Janeiro: F. Alves, 1983.

Vida Monástica no Tibet e Dalai Lama

Os monges do Tibete são homens e mulheres que vivem  uma ramificação do Budismo, o chamado Budismo tibetano. Buda significa o iluminado. Seus ensinamentos são conhecidos como Darma, O budismo tibetano, também chamado de budismo vajrayana ou lamaísmo, emprega práticas de meditação na forma de elaborados rituais, com leitura de Saddhanas(textos litúrgicos), visualizações e instrumentos musicais. Possui uma forte tradição nas artes, com elaboradas pinturas e esculturas, e também em ordens monásticas, com ênfase no relacionamento entre alunos e lamas.
Pertence a uma vertente do budismo chamada maaiana, mais precisamente, a vertente Vajrayana (tantrismo ou "Veículo do Diamante"), e apesar de não se organizar como uma instituição, tem sua representação maior na figura do Dalai Lama.
As principais escolas são NyingmaKagyuGelug (escola de que faz parte o Dalai Lama) e Sakya.
O termo "lamaísmo" provém do tibetano Lama, que significa "mestre" ou "superior", e que designa, geralmente, os monges tibetanos, em especial os hierarquicamente superiores.
Esta denominação foi dada ao budismo tibetano pelos estudiosos europeus, principalmente, que se utilizaram deste termo para distingui-lo do budismo indiano e permitir que fosse dada ênfase ao seu caráter místico. Segundo alguns outros autores, contudo, tal emprego da palavra é impróprio, pois tem a intenção de estabelecer distinções entre as duas correntes que, na verdade, não existem.
O Lamaísmo apresenta um duplo aspecto, assim como a maior parte das religiões orientais: o doutrinal e o popular.
Essa doutrina, em síntese, é bem menos conhecida que suas manifestações populares. Em razão disso, alguns estudiosos erroneamente exageram em seu aspecto mágico, estendendo-o também à prática monástica.

Dalai Lama  - (extraído do site http://www.dalailama.org.br/biografia)

Tenzin Gyatso, Sua Santidade o 14, Dalai Lama nasceu em 6 de julho de 1935, numa família de camponeses da pequena vila de Taktser, na provincia de Amdo, situada no nordeste do Tibet.
Seu nome era Lhamo Dhondup até o momento em que, com dois anos de idade, Sua Santidade foi reconhecido como sendo a reencarnação de seu predecessor, o 13, Dalai Lama, Thubten Gyatso. Os Dalai Lamas são tidos como manifestações de Avalokiteshvara ou Chenrezig, o Bodhisattva da Compaixão e patrono do Tibet.
Um Bodhisattva é um ser iluminado que adiou sua entrada no nirvana e escolheu renascer para servir à humanidade.

Educação no Tibet

Sua Santidade o Dalai Lama começou sua educação monástica aos seis anos. O currículo consistia de cinco disciplinas maiores e cinco menores. As maiores são: lógica, arte e cultura tibetana, sanscrito, medicina e filosofia budista e esta por sua vez se compõe de outras cinco categorias: Prajnaparamita, a perfeção da sabedoria; Madhyamika, a filosofia do Caminho do Meio; Vinaya, o cânone da disciplina monástica; Abhidharma, metafísica; e Pramana, lógica e epistemologia. As disciplinas menores são: poesia, música e teatro, astrologia, gramática e sinônimos. Aos 23 anos, fez seu exame final no Templo de Jokhang, em Lhasa, durante o o Festival Anual de Orações Manlam. Foi aprovado com honras e recebeu o grau de Geshe Lharampa (título máximo, equivalente a um Doutorado em Filosofia 1ista). Em complemento a esses temas budistas, estudou inglês, ciências, geografia e matem�tica.

Responsabilidades de Líder

Em 1950, com 15 anos de idade, Sua Santidade foi solicitado a assumir a completa responsabilidade política como chefe de estado e de governo, após a invasão chinesa do Tibet. Em 1954, foi a Beijing para tratativas de paz com Mao Tsetung e outros lideres chineses, como Chou En-Lai e Deng Xiaoping. Em 1956, durante visita à ndia para participar das festividades do aniversário de 2500 anos de Buda, esteve presente em uma série de reuniões com Nehru, o Primeiro Ministro Indiano, e o Prêmio Chou, sobre a situação do Tibet que se deteriorava rapidamente.
Seus esforços para alcançar uma solução pacífica para o problema sino-tibetano foram frustrados pelas atrocidades da política chinesa, no leste do Tibet, dando origem a um levante popular. Esse movimento de resistência espalhou-se por outras partes do País, e em 10 de Março de 1959, Lhasa, a capital do Tibet, explodiu em um grande levante. As manifestações da resistência tibetana exigiam que a China deixasse o Tibet, reafirmando a sua independência.
Quando a situação se tornou insustentável, pediu-se ao Dalai Lama que saísse do país para continuar no exílio a luta pela libertação. Sua Santidade seguiu para a Índia, que lhe concedeu asilo político, acompanhado de outros oitenta mil refugiados tibetanos. Hoje há mais de 120.000 tibetanos vivendo como refugiados na Índia, Nepal, Butão e no Ocidente. Desde 1960, Sua Santidade reside em Dharamsala, uma pequena cidade no norte da Índia, apropriadamente conhecida como "Pequena Lhasa", por sediar a sede do governo tibetano no exílio.
Desde a invasão chinesa, Sua Santidade apresentou vários recursos as Nações Unidas sobre a questão tibetana. A Assembléia Geral adotou três resoluçõees sobre o Tibet, em 1959, 1961 e 1965.

Processo de Democratiza��o

Com o estabelecimento do Governo Tibetano no Exílio, Sua Santidade percebeu que a tarefa mais imediata e urgente era lutar pela preservação da cultura tibetana. Fundou 53 assentamentos agrícolas de larga escala para acolher os refugiados; idealizou um sistema educacional tibetano autônomo (existem hoje mais de 80 escolas tibetanas na Índia e Nepal) para oferecer às crianças refugiadas tibetanas pleno conhecimento de sua língua, história, religião e cultura. Em 1959 criou o Instituto Tibetano de Artes Dramáticas; o Instituto Central de Altos Estudos Tibetanos se transformou em uma universidade para os tibetanos na Índia. Sua Santidade inaugurou vários institutos culturais com o propósito de preservar as artes e ciências tibetanas, e ajudou a restabelecer mais de 200 monastérios para preservar a vasta obra de ensinamentos do budismo, a essência do espírito tibetano.
Pelo lado da política, em 1963 Sua Santidade apresentou o esboço de uma constituição democrática para o Tibet, baseada nos princípios budistas e na Declaração Universal dos Direitos Humanos. A nova constituição democrática promulgada como resultado desta reforma foi denominada "Carta dos Tibetanos no Exílio". Essa carta defende a liberdade de expressão, crença, reunião e movimento. Oferece também detalhadas linhas de ação para o funcionamento do governo tibetano no que diz respeito aos que vivem no exílio.
Em 1992, Sua Santidade publicou linhas diretrizes para a constituição de um futuro Tibet livre. Anunciou que o a primeira e imediata tarefa do Tibet libertado será estabelecer um governo interino com a principal responsabilidade de eleger uma Assembléia Constituinte, para criar e implantar uma constituição democrática tibetana. Nesse dia, Sua Santidade transferira toda a sua autoridade política e histórica para o Presidente interino, passando a viver como um cidadão comum. Ele também afirmou esperar que o Tibet, incluindo suas tradicionais três províncias (U-Tsang, Amdo e Kham), seja federativo e democrático.
Em maio de 1990, as reformas propostas por Sua Santidade deram ensejo e realização de uma administração verdadeiramente democrática para a comunidade tibetana no exílio. O Gabinete tibetano (Kashag), que até então sempre fora indicado por Sua Santidade, foi dissolvido, juntamente com a Décima Assembléia de Deputados do Povo Tibetano (o Parlamento tibetano no exílio). Nesse mesmo ano, tibetanos exilados no subcontinente indiano e em mais de 33 outros países elegeram 46 membros da ampliada 11ª Assembléia Tibetana, numa votação direta. A Assembléia, por sua vez, elegeu os novos membros do Gabinete. Em setembro de 2001, um passo ainda maior para a democratização foi dado quando o eleitorado tibetano elegeu diretamente o Kalon Tripa, ministério-mor do Gabinete, que por sua vez indicou seu próprio Gabinete, a ser aprovado pela Assembléia Tibetana. Na longa história do Tibet, essa foi a primeira vez que o povo elegeu seus líderes políticos.

Iniciativas pela paz

Em setembro de 1987, Sua Santidade propôs o Plano de Paz de Cinco Pontos para o Tibet, como um primeiro passo na direção de uma solução pacífica para a situação que rapidamente se deteriorava no país. Em sua visão, o Tibet se tornaria um santuário, uma zona de paz no coração da Ásia, em que todos os seres sencientes poderiam viver em harmonia, com o delicado equilíbrio ambiental preservado. A China, até o momento, não respondeu positivamente as várias propostas de paz criadas por Sua Santidade.

O Plano de Cinco Pontos

Em seu discurso aos membros do Congresso Americano em Washington, D.C., realizado em 21 de setembro de 1987, Sua Santidade propôs o seguinte plano de paz, composto por cinco pontos básicos:
  1. Transformação de todo o Tibet em uma zona de paz.
  2. Cessarão da política chinesa de transferência de população, que ameaça a própria existência dos tibetanos como povo.
  3. Respeito pelos direitos humanos fundamentais dos tibetanos, bem como de suas liberdades democráticas.
  4. Restauração e proteção do ambiente natural tibetano, e o abandono do uso do território tibetano, pela China, para produção de armas nucleares e como depósito de lixo nuclear.
  5. Início de negociações sérias sobre o futuro status do Tibet e das relações entre os povos chinês e tibetano.